Fisiologia

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A palavra fisiologia significa estudo da “natureza” (a partir da palavra grega fýsi), no sentido de funcionamento e, como parte da biologia, refere-se então ao estudo dos mecanismos que compõem os diversos processos biológicos. Assim como para a histologia, campos diferentes podem ser assunto da fisiologia: a célula, o organismo, tecidos e órgãos específicos, animais e vegetais, dentre outros. Embora muitos métodos de estudo tenham sido desenvolvidos (e vêm sendo desenvolvidos) com a tecnologia, em sua origem, como não necessitava de um instrumento como o microscópio, a função dos órgãos e sistemas era foco de estudo pelo menos desde a antiguidade, junto com as observações morfológicas macroscópicas que constituem o campo da anatomia. Naquele momento, os estudos biomédicos eram frequentemente descritos e debatidos por filósofos, que utilizavam a razão, baseando-se nas crenças e métodos disponíveis na época, para elaborar os mecanismos de funcionamento dos seres vivos.

O termo “fisiologia” foi utilizado pela primeira vez pelo médico francês Jean François Fernel no século XVI. Muitos pesquisadores posteriores são frequentemente creditados como “pai da fisiologia”. O fato é que a fisiologia se desenvolveu com o que tinha disponível em cada época, não apenas quanto a métodos, mas também quanto a demandas e ideias filosóficas vigentes. Uma das coisas que mais impulsionou a fisiologia foi o desenvolvimento da patologia, ou seja, o estudo das doenças, das condições que fogem do “normal”. As ciências biomédicas, com o objetivo de elaborar soluções para as doenças, necessitava de uma melhor descrição do que era “normal” para melhor explicar os desvios e, assim, buscar soluções.

Nesse contexto, é muito importante ficar atento ao conceito de “normal”, pois utilizamos frequentemente como sinônimo de “o mais comum”, mas o ponto aqui é o espectro de variações morfológicas e fisiológicas que não comprometam a saúde do organismo.